quarta-feira, 10 de setembro de 2014

SIGAM-ME OS BONS!


Ao visitar a Fazenda Nacional de Ipanema, localizada aproximadamente  a 125km da capital, na cidade de Iperó, um dos vários atrativos que não se pode perder são as trilhas que se estendem por vários quilômetros do  complexo da fazenda.

As trilhas oferecem aos visitantes um contato maior com a natureza, considerada um atrativo ecológico, deixa os visitantes em contato com o verde. As trilhas entram mata atlântica á dentro, numa área de reserva de cinco mil hectares, que hoje é administrada pelo instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade.

A trilha principal, de 5,7km, consiste em três paradas, onde os visitantes conseguem ter vistas privilegiadas da fazenda, do ecossistema durante o percurso e de monumentos construídos em homenagem á pessoas importantes e que marcaram a história da fazenda. O tempo de duração do percurso inteiro é de duas á três horas de caminhada, que se estende por todo o território da Fazenda.

Logo no inicio da trilha, as árvores já vão ficando mais altas e a vegetação rasteira fica para trás. Os guias atentam os visitantes para tomar cuidado com bichos como cobras, aranhas e abelhas que vivem no percurso.

A Primeira parada é na Gruta do Monge.  Lá, moradores costumavam fazer procissões. O Monge de Ipanema virou um personagem essencial para se contar a história da Fábrica. Além de ser um dos pontos mais místicos da trilha, a sua história é cheia de lendas.

Giovani Maria D’Agostini era o nome do monge católico. Algumas histórias dizem que foi expulso pelos protestantes que habitavam a fazenda e que ele teria rogado uma praga á fazenda, Já outra história curiosa, é que no alto da trilha, uma criança caiu do penhasco e a mãe em desespero, quis se jogar também, mas o monge não deixou e quando desceram até a gruta, a menina estava brincando sem nenhum arranhão. O monge morreu e nunca foi encontrado seu corpo.

A gruta, como o nome já diz, possui uma nascente de água potável, onde antes de continuar a trilha, os visitantes podem beber um pouco da água para ter um fôlego maior para continuar o caminho.

Após a Gruta do Monge, depois de longos passos acompanhados pelas explicações do guia, a próxima parada é no Cruzeiro da Pedra Santa, onde há um monumento em forma de cruz e uma vista privilegiada. Alguns visitantes aproveitam para descansar, tirar fotos e ouvir as explicações do guia de turismo que trabalha na fazenda apresentando os monumentos.

O mirante da Chilena está num ponto mais alto do percurso. Não há nenhum monumento construído no local, mas a parada vale só pela vista que conseguimos ter da cidade de Sorocaba ao fundo. Mesmo distante, conseguimos ver as milhares de casas e os prédios mais altos da cidade.

O ponto final da trilha, que por sinal não retorna pelo mesmo caminho, é o Monumento á Varnhagen, homenagem á Francisco Adolfo de Varnhagen, que foi um militar, diplomata e historiador  brasileiro. Francisco nasceu na Fazenda Ipanema, pois seu pai que era engenheiro, foi contratado pela Coroa Portuguesa para construir os fornos da fábrica. Mesmo estando escrito no monumento “Estão aqui depositados os restos mortais de Francisco Adolfo de Varnhagen, Visconde de Porto Seguro. Paulista de Sorocaba, o Pai da História do Brasil *17-2-1816 † 29-6-1878", após sua morte, em 1878, seus restos mortais foram retirados do local dito. No ano de 1884, a Família Real, acompanhada de Dom Pedro II, visitou o monumento e a Fazenda.

Ao retornar da trilha, no meio da mata, os visitantes podem desfrutar de um banho de uma queda d’água que corta o caminho da trilha. A água limpa torna-se um chamarisco para os visitantes que estão cansados por conta da trilha. E é assim que termina.

Um comentário:

  1. Numa visita em um sítio que faz fundo com a fazenda Ipanema eu presenciei três bolas no céu semelhante a estrelas que passaram em cim, de mim, sem fazer barulho algum.
    E um minuto antes presenciei uma luz vermelha que pairava a um metro do chão.
    Vendo isso eu e meus colega saímos correndo pela escuridão do pasto.

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