Ao visitar a
Fazenda Nacional de Ipanema, localizada aproximadamente a 125km da capital, na
cidade de Iperó, um dos vários atrativos que não se pode perder são as trilhas
que se estendem por vários quilômetros do
complexo da fazenda.
As trilhas
oferecem aos visitantes um contato maior com a natureza, considerada um
atrativo ecológico, deixa os visitantes em contato com o verde. As trilhas
entram mata atlântica á dentro, numa área de reserva de cinco mil hectares, que
hoje é administrada pelo instituto Chico Mendes de Conservação da
Biodiversidade.
A trilha
principal, de 5,7km, consiste em três paradas, onde os visitantes conseguem ter
vistas privilegiadas da fazenda, do ecossistema durante o percurso e de
monumentos construídos em homenagem á pessoas importantes e que marcaram a
história da fazenda. O tempo de duração do percurso inteiro é de duas á três
horas de caminhada, que se estende por todo o território da Fazenda.
Logo no
inicio da trilha, as árvores já vão ficando mais altas e a vegetação rasteira
fica para trás. Os guias atentam os visitantes para tomar cuidado com bichos
como cobras, aranhas e abelhas que vivem no percurso.
A Primeira
parada é na Gruta do Monge. Lá,
moradores costumavam fazer procissões. O Monge de Ipanema virou um personagem
essencial para se contar a história da Fábrica. Além de ser um dos pontos mais
místicos da trilha, a sua história é cheia de lendas.
Giovani
Maria D’Agostini era o nome do monge católico. Algumas histórias dizem que foi
expulso pelos protestantes que habitavam a fazenda e que ele teria rogado uma
praga á fazenda, Já outra história curiosa, é que no alto da trilha, uma
criança caiu do penhasco e a mãe em desespero, quis se jogar também, mas o
monge não deixou e quando desceram até a gruta, a menina estava brincando sem
nenhum arranhão. O monge morreu e nunca foi encontrado seu corpo.
A gruta,
como o nome já diz, possui uma nascente de água potável, onde antes de
continuar a trilha, os visitantes podem beber um pouco da água para ter um
fôlego maior para continuar o caminho.
Após a Gruta
do Monge, depois de longos passos acompanhados pelas explicações do guia, a próxima
parada é no Cruzeiro da Pedra Santa, onde há um monumento em forma de cruz e
uma vista privilegiada. Alguns visitantes aproveitam para descansar, tirar
fotos e ouvir as explicações do guia de turismo que trabalha na fazenda
apresentando os monumentos.
O mirante da
Chilena está num ponto mais alto do percurso. Não há nenhum monumento
construído no local, mas a parada vale só pela vista que conseguimos ter da
cidade de Sorocaba ao fundo. Mesmo distante, conseguimos ver as milhares de
casas e os prédios mais altos da cidade.
O ponto
final da trilha, que por sinal não retorna pelo mesmo caminho, é o Monumento á
Varnhagen, homenagem á Francisco Adolfo de Varnhagen, que foi um militar,
diplomata e historiador brasileiro. Francisco
nasceu na Fazenda Ipanema, pois seu pai que era engenheiro, foi contratado pela
Coroa Portuguesa para construir os fornos da fábrica. Mesmo estando escrito no
monumento “Estão aqui depositados os restos mortais de Francisco Adolfo de Varnhagen, Visconde de Porto Seguro. Paulista de Sorocaba, o Pai da História do Brasil *17-2-1816 † 29-6-1878", após sua morte, em 1878, seus restos mortais foram
retirados do local dito. No ano de 1884, a Família Real, acompanhada de Dom Pedro
II, visitou o monumento e a Fazenda.
Ao retornar
da trilha, no meio da mata, os visitantes podem desfrutar de um banho de uma
queda d’água que corta o caminho da trilha. A água limpa torna-se um chamarisco
para os visitantes que estão cansados por conta da trilha. E é assim que
termina.
Numa visita em um sítio que faz fundo com a fazenda Ipanema eu presenciei três bolas no céu semelhante a estrelas que passaram em cim, de mim, sem fazer barulho algum.
ResponderExcluirE um minuto antes presenciei uma luz vermelha que pairava a um metro do chão.
Vendo isso eu e meus colega saímos correndo pela escuridão do pasto.